Planejar 2026 não é sobre escolher canais ou aumentar orçamento. É sobre revisar o próprio modelo de negócio antes de definir o investimento em marketing.

Em um cenário onde tecnologia, dados e capital se movem rápido, o planejamento deixa de ser apenas um exercício de marketing — e passa a ser um processo de revisão estratégica da empresa.

Segundo o relatório Deloitte Global Marketing Trends 2025, enfatiza as lacunas entre expectativas e orçamentos e dificuldades de mensuração de retorno.

O mapa não é o território — e o planejamento, por si só, não faz o projeto. Mas quando é bem feito, ele revela se o negócio ainda tem fôlego para escalar ou se precisa mudar o motor.

Por isso devemos buscar uma combinação de ações que sejam realmente úteis para alcançarmos nosso público alvo e possivelmente convertê-lo em cliente.

Assim, já na hora de planejar precisamos entender o que será realmente viável na implementação.

Com a tecnologia a disposição hoje, o gargalo do projeto é sempre menos no planejamento e mais na implementação.

E se as ferramentas que usamos não permitirem implementar todas aquelas ideias lindas do planejamento de marketing digital?

Isso não significa que o planejamento não seja importante, mas que, na hora de planejar precisamos considerar a viabilidade do que estamos planejando.

Planejar em 2026 é revisar o modelo de negócio

Antes de abrir planilhas e definir metas, 2026 exige uma pergunta mais simples: o seu modelo de negócio ainda faz sentido?

O planejamento de marketing não é apenas uma planilha tática, mas um instrumento de auditoria entre produto, cliente e canal.

Esse é o momento de revisar a proposta de valor, o modelo de receita e o posicionamento estratégico — porque marketing nenhum sustenta um produto desalinhado com a realidade do mercado.

Em alguns casos, a revisão mostra que o problema não está na execução, mas na estrutura. É aqui que modelos como o Venture Builder (que une conhecimento e equity) e o Venture Capital (que acelera inovação com capital inteligente) passam a fazer parte do planejamento.

Não é sobre investir mais, e sim investir melhor — inclusive na própria lógica de crescimento.

O que é um plano de Marketing Digital?

Em 2026, um plano de marketing digital deixa de ser apenas um documento operacional. Ele se tornou um reflexo direto da estratégia de negócio.

Um bom plano deve documentar como os objetivos estratégicos da empresa serão alcançados — não apenas em campanhas, mas em governança, posicionamento e geração de receita.

É por isso que na NoTopo.com usamos a metodologia OKR (Objectives and Key Results) para conectar o plano de marketing ao plano de negócios, garantindo acompanhamento trimestral e decisões orientadas a dados.

Todo plano de marketing eficaz começa com uma fase de diagnóstico — não de ideias. É aqui que se identifica se a estratégia da empresa ainda é coerente com o mercado e se vale a pena investir nos mesmos produtos, públicos ou canais.

Ou seja, ele serve para documentar como os objetivos estratégicos da organização serão alcançados através de estratégias e táticas de marketing específicas, tendo o cliente como ponto de partida. Ele também está ligado aos planos de outros departamentos dentro da organização.

Para realizar um plano eficaz, precisamos descrever detalhadamente (entre outras coisas):

  • Os objetivos gerais da empresa, tanto para o ano todo, quanto para cada trimestre do 2026;
  • Os objetivos comerciais (podemos dividi-los em curto, médio e longo prazo) e o processo de acompanhamento das metas (por exemplo, na NoTopo usamos a metodologia OKR para definir metas trimestrais e acompanhar o desenvolvimento delas);
  • As estratégias para atingir essas metas (incluindo processos e responsáveis);
  • Quais canais e instrumentos sua empresa irá utilizar;
  • Qual será o plano de ação e e quais serão as métricas a serem avaliadas;
  • Como isso não sai de graça, precisamos fazer um orçamento e destinar recursos a este planejamento de marketing digital;
  • Cronograma de implementação;
  • Rotina para monitorar os resultados parciais ao longo do projeto.

E, se a análise mostrar que há desalinhamento entre o negócio e o mercado, talvez não seja um novo planejamento o que a empresa precisa — mas um novo modelo.

Iniciando o plano de marketing digital

Analise interna/externa

Um bom plano de marketing começa sempre com uma fase de pesquisa que permite compreender a situação e como podemos responder a ela. Ou seja, um diagnóstico da situação atual da empresa.

Precisamos realizar uma análise SWOT identificando os pontos fortes, fracos, oportunidades e fraquezas da empresa e do mercado mercado em que atuamos.

Precisamos olhar para dentro ao redor para entender o ambiente no qual estamos operando. Dessa forma podemos decidir com mais precisão qual será o posicionamento estratégico.

Para alcançar um posicionamento adequado, é crucial ter bem clara a proposta de valor e o que ela implica. Em resumo, por qual razão o consumidor deve escolher nossa empresa e não a concorrência.

Além disso, utilizar o benchmarking nessa fase pode ser uma excelente opção.

Estabelecendo objetivos no seu planejamento de marketing

Para fins de monitoramento e correção do rumo das ações do seu planejamento de marketing digital, pode ser útil dividir uma meta global em objetivos menores. Esteja certo de disponibilizar um tempo suficiente para bem planejá-los para que se complementem e não concorram entre si ou tenham trajetórias opostas.

Quando os estiver estabelecendo, tenha em mente que é interessante que eles possuam as característica descritas pelo acrônimo SMART.

Objetivo SMART
Objetivo SMART

Ou seja, que sejam específicos, mensuráveis, alcançáveis, realistas e programados ou estabelecidos no tempo.

  • Específico: os objetivos devem ser detalhados e concretos
  • Mensurável: se não pudermos medi-lo, será impossível saber se vamos atingir (são os KPIs)
  • Alcançável: objetivos ambiciosos não funcionam
  • Realistas: tendo como base os recursos disponíveis
  • Timely ou Time-based: especifique um prazo para atingir as metas

Definindo o Buyer Persona

Ele serve para segmentar seu público-alvo de modo que sua empresa seja assertiva na abordagem dos gostos, necessidades ou preferências dos seus potenciais clientes. Por isso, esse é o momento de criar seu buyer persona.

O Buyer persona é um “retrato” de seu cliente ideal. É útil pois ajuda sua empresa a focar sua oferta de produtos e serviços e a orientar a segmentação da marca. Às vezes pode ser necessário definir mais de um perfil pois podemos oferecer produtos e serviços distintos que exijam mais de uma segmentação.

Desse modo, para o buyer persona podemos incluir:

  • Informações demográficas: idade, sexo, ocupação, nível de renda, local de residência …
  • O comportamento on-line do usuário.
  • Relação atual dos clientes com sua marca
  • Quais são suas aspirações e necessidades em relação à marca

Canais e conteúdo

Precisamos saber como vai comunicar sua proposta de valor única e como fazê-lo adequadamente nos canais onde seu público está presente (mídias sociais, blogs, e-mail marketing e muito mais).

A internet oferece variados canais e plataformas para promover sua marca, mas é sempre melhor focar naquelas que estão mais adaptadas aos objetivos e definir bem para que vamos usar cada uma delas.

Podemos usar estratégias de inbound e outbound marketing e, caso opere em um ambiente B2B, o LinkedIn para empresas pode ser um grande aliado.

Isso inclui estruturar uma estratégia de prospecção ativa B2B via LinkedIn e aplicar práticas de Account Based Marketing (ABM) para personalizar a comunicação com contas estratégicas.

Em especial para negócios de tecnologia, o marketing B2B especializado é fundamental para gerar previsibilidade de receita.

Por isso é importante para criar conteúdo original que atraia os usuários e posicione a empresa como referencial na mente dos usuários. Ou seja, se a pessoa pensar no serviço que prestamos, a primeira coisa que deve aparecer na cabeça da pessoa é a marca da nossa empresa!

Além disso, também precisamos mapear um plano de comunicação específico (marketing de conteúdo) para cada canal.

Algumas das ferramentas que se usa para executar esta estratégia são o estudo das keywords – espinha dorsal do SEO -, e a analise da etapa do funil de conversão: quanto mais o usuário tiver avançado no funil, mais específico deve ser o conteúdo.

Monitoramento e análise

O monitoramento é o último item, porém não por isso o menos importante. Sabe-se que o cientista não faz experiências e estudos sem monitorar os resultados e efeitos, não é verdade? Desse modo também precisamos elaborar relatórios de resultados obtidos para saber se o seu dinheiro está rendendo resultados positivos.

Então, com os objetivos estabelecidos, vamos associá-los a métricas ou KPIs. Ideal seria que para cada métrica, vamos estabelecer uma meta com a periodicidade que faça mais sentido para seu plano. Feito isso, o próximo passo é a análise dos resultados pois permite que sua empresa otimize e eventualmente corrija os rumos e os gastos do marketing digital.

Devemos usar os KPIs para descobrir se atingiu o ROI esperado, sua meta periódica e se o seu planejamento de marketing digital está se desenvolvendo como esperado.

Em 2026, medir ROI já não basta. É preciso medir velocidade de decisão — quanto tempo sua empresa leva entre identificar um problema e agir.

Esse é o verdadeiro diferencial competitivo das empresas eficientes.

Benefícios adicionais de se ter um planejamento de marketing

Sua empresa pode receber muito benefícios “indiretos” além do objetivo maior que é conquistar clientes. Veja alguns:

  • Ganho de conhecimento profundo do mercado e de seu público-alvo.
  • Alinhamento das ações de marketing digital com os objetivos gerais da marca (sinergia).
  • Utilização dos recursos de forma eficaz e organizada (evita desperdício de tempo ou pessoal).
  • Melhora da comunicação interna (plano de marketing pode se tornar um guia).
  • Melhora da comunicação com o cliente (passamos a entender melhor as necessidades dele).

Erros a evitar

Devemos fazer muita atenção com a linha divisória entre informação e o spam.

Por isso faça atenção ao tempo e a quantidade de mensagens.

Já acenamos que o marketing não é uma ciência exata. Então devemos “sentir” o nosso público, devemos saber atuar para não colocar muita preocupação com o spam e acabar sendo ineficaz no nosso planejamento. Ou seja, devemos saber se equilibrar e caminhar nessa “corda bamba” que divide o “muito muito” e o “muito pouco”.

Outro equívoco é direcionar palavras-chave para o tráfego em vez de dirigi-las para clientes. Um alto número de visitantes não significa dinheiro na mão! Em vez disso, devemos ter em mente que o número de visitantes deve ser convertido em verdadeiros clientes. Para isso uma coisa importante é saber diferenciar palavras-chave informativas, de navegação e transacionais.

Também devemos fazer atenção com as promessas exageradas. Não podemos decepcionar nossos clientes com expectativas não atendidas.

Segundo pesquisas, 32% dos clientes deixam de comprar da marca após uma única experiência não satisfatória. Se não cumprirmos as promessas do seu marketing, talvez não tenha uma segunda chance, e isso significa um desastre para o seu negócio.

Precisamos prestar atenção às tendências sociais! Porque uma mensagem de marketing “fora do tom” pode ser muito prejudicial para o seu negócio. Assim, devemos escolher uma mensagem e garantir que ela seja relevante à sua marca à época pela qual estamos passando. Para isso, pode ser interessante utilizar ferramentas de social listening para descobrir o que as pessoas realmente pensam da nossa empresa.

Planejamento de Marketing: o pilar de uma Gestão de Marketing eficaz

O planejamento de marketing é o alicerce de uma gestão de marketing eficaz, baseada em dados, governança e clareza de prioridades.

Ao estabelecer metas realistas e conectar marketing à operação, as empresas conseguem gerar resultados previsíveis sem inflar custos — o que é o coração do modelo CMO as a Service da NoTopo.

A análise de dados, a identificação de canais relevantes e a alocação inteligente de recursos são pilares desse planejamento. Além disso, a flexibilidade para ajustes e adaptações é essencial.

Planejar, portanto, é menos sobre prever e mais sobre decidir o que não deve ser feito.

Gestão terceirizada do Marketing para um Planejamento eficaz

Em 2026, a gestão terceirizada de marketing se consolida como alternativa mais eficiente à contratação interna, principalmente para empresas de 10 a 50 funcionários.

Para garantir um planejamento eficaz que alinhe a persona com a estratégia da marca, a gestão terceirizada do marketing, através do CMO as a service, desempenha um papel fundamental.

Ao terceirizar a gestão de marketing, as empresas podem concentrar seus recursos e esforços nas atividades estratégicas essenciais, enquanto especialistas externos se dedicam à definição e execução de campanhas direcionadas.

Isso permite uma abordagem mais focada e especializada, adaptada às necessidades específicas da persona, resultando em uma estratégia mais alinhada e eficiente.

Com um CMO dedicado, as marcas podem obter insights valiosos e uma execução ágil, maximizando o sucesso de suas iniciativas de marketing.

Conclusão

Planejar é escolher o que não fazer.

Em 2026, o desafio das empresas B2B não é mais falta de informação — é excesso. Por isso, o verdadeiro planejamento é o que simplifica, prioriza e conecta estratégia com execução.

Essa é a visão que aplicamos na NoTopo.com: ajudar empresas B2B a alcançar melhores resultados com menos custos, unindo planejamento, governança e eficiência.

E, quando necessário, repensar o próprio modelo de negócio — seja por meio de um projeto de inovação, uma parceria em Venture Builder, ou até pela abertura a capital inteligente (Venture Capital).

Porque o futuro do planejamento não é apenas prever o mercado — é redesenhar o próprio negócio para que ele continue existindo.

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