Você já assinou aquela plataforma com dezenas de ferramentas de IA? Ou entrou em um curso com mais de 100 aulas divididas em 12 módulos e 5 bônus “gratuitos”?
Parabéns. Você entrou no Paradoxo da Escolha.
Segundo o psicólogo Barry Schwartz, autor do livro The Paradox of Choice, quanto mais opções temos, mais difícil se torna decidir — e mais ansiedade, indecisão e frustração surgem no processo.
📊 O que os dados mostram
Um estudo clássico da Universidade de Columbia demonstrou isso em um experimento com geleias: uma mesa com 24 sabores atraiu mais curiosos, mas vendeu menos. Já uma mesa com 6 sabores teve uma taxa de conversão dez vezes maior. Veja o estudo aqui.
Mais opções atraem. Menos opções convertem.
E isso vale para marketing, gestão, plataformas e serviços.
🤯 O marketing do “acesso a tudo”
Hoje, vender acesso virou modelo de negócio. Quanto mais cursos, mais funções, mais ferramentas… mais “valor percebido”.
Mas quem entrega tudo, não entrega nada filtrado.
A responsabilidade da escolha — e da consequência — continua toda com você. E o que era para acelerar, paralisa.
📊 Foco não é limitação. É eficiência.
Barack Obama usava sempre os mesmos ternos cinza ou azul. “Tomo poucas decisões sobre comida ou roupa”, disse ele. “Porque eu tenho muitas outras decisões mais importantes a tomar.”
Se você contrata um serviço, uma consultoria ou uma solução, não é para ganhar mais opções.
É para ter clareza e direção.
Quem entrega uma solução real assume a responsabilidade do filtro, faz a curadoria e te mostra algumas opções que funcionam. Poucas.
Isso é ainda mais crítico quando falamos de marketing B2B para empresas de tecnologia, onde a combinação de ferramentas e promessas é quase infinita. Veja como estruturamos marketing digital B2B com eficiência
📊 O que funciona de verdade?
- Ter um modelo de gestão de marketing eficaz: Conheça o CMO as a Service
- Trabalhar com contas certas, como no Account Based Marketing
- Usar o LinkedIn com estratégia, não como vitrine
- Parar de terceirizar decisão com plataforma, e contratar quem entrega direção
- Escolher consultoria de marketing B2B que não te afoga em relatórios: Veja como separar quem entrega de quem enrola
💼 Caso real: quando menos opção significa mais resultado
Uma empresa de desenvolvimento de software, com cerca de 80 funcionários, estava atolada em ferramentas: CRM, automação de marketing, três plataformas de analytics, dois serviços de prospecção e assinatura de mais de cinco newsletters “obrigatórias” para manter a equipe atualizada.
O problema? Nada se conectava. Cada time usava uma stack diferente. A liderança passava mais tempo tentando entender o que comparar do que realmente decidindo. Resultado: baixa performance, retrabalho e decisões travadas.
Quando a NoTopo entrou, o foco foi cortar. Reduzimos o uso a três ferramentas essenciais, uma só régua de acompanhamento e uma lógica única para medir progresso. O que aconteceu?
- O time parou de perder tempo escolhendo e começou a executar.
- A geração de leads qualificados aumentou em 47% em três meses.
- O CEO voltou a ter clareza sobre o que estava funcionando — e o que não.
Menos escolha. Mais clareza. Resultado direto.
🤯 O custo invisível das escolhas infinitas
Barry Schwartz também apresenta dois perfis de comportamento na hora de escolher:
- Maximizadores: querem a melhor opção possível. Avaliam todas as alternativas antes de decidir. Estão mais propensos a se arrepender, mesmo depois de fazer uma boa escolha.
- Satisfatórios: definem critérios claros e escolhem a primeira opção que os atende bem. São mais rápidos para decidir e mais satisfeitos com os resultados.
A busca pelo “melhor possível” gera um custo de oportunidade percebido: a sensação de que, ao escolher uma coisa, você está automaticamente abrindo mão de algo potencialmente melhor.
Em vez de gerar liberdade, isso gera ansiedade, frustração e paralisia.
No ambiente corporativo, o excesso de opções também bloqueia a ação. Quando há muitas ferramentas, fornecedores, caminhos e métricas, você deixa de agir para continuar comparando.
🎹 A lição do pianista no oceano
Na obra A Lenda do Pianista no Oceano, Novecento nasceu e viveu num navio. Nunca pisou em terra firme.
No piano, tinha apenas 88 teclas. E delas tirava música infinita.
Ele sabia o que muita gente esquece: as limitações certas libertam.
Seja você o infinito que nasce das escolhas finitas — não o contrário.
✅ Conclusão
O excesso de opções virou uma forma moderna de paralisia. Quem promete “acesso ilimitado” está, na verdade, te passando a conta da decisão.
Empresas que querem crescer com consistência precisam de clareza, não de mais ferramentas.
E clareza começa por saber o que cortar, o que executar e o que otimizar.
Essa é a lógica da NoTopo.com.
Menos distração. Mais resultado.
Pronto! Agora o post inclui conceitos-chave do livro The Paradox of Choice, como:
- A diferença entre maximizadores e satisfatórios;
- O impacto do custo de oportunidade percebido.