Se você lidera uma empresa B2B de 20 a 100 funcionários, já deve ter percebido que o sucesso de um lançamento não depende apenas do produto ou serviço em si.

Ele está diretamente ligado a como você entra no mercado — e é aí que entra a estratégia de Go-to-Market (GTM).

Segundo dados da Leads2B, empresas com uma estratégia GTM bem definida registram 10% mais taxa de sucesso no lançamento e podem alcançar crescimento de receita até 3 vezes maior em comparação às que não estruturam o processo.

Ou seja: o GTM é um divisor de águas entre crescer com eficiência ou desperdiçar recursos.

Neste artigo, vamos mostrar o que é Go-to-Market, quais são as etapas essenciais e como aplicar essa estratégia no seu negócio B2B para ter mais resultados com menos custos.


1. O que é Go-to-Market (GTM)

O Go-to-Market é o plano que define como sua empresa vai levar um produto ou serviço ao mercado e conquistar clientes de forma previsível e escalável.

Ele envolve público-alvo, posicionamento, canais, métricas e execução — funcionando como um mapa que conecta sua oferta à demanda.

É importante diferenciar Go-to-Market de Route-to-Market (RTM):

  • O GTM é estratégico, focado em como posicionar e apresentar sua solução ao mercado.
  • O RTM é mais operacional, definindo as rotas e meios de distribuição.

E por que isso é tão relevante? Porque sem um GTM claro, as decisões de marketing e vendas ficam fragmentadas, sem direção.

É por isso que uma gestão de marketing eficaz faz diferença — e modelos como o CMO as a Service são ideais para estruturar esse processo sem inflar equipe nem orçamento.


2. Por que o GTM é decisivo no B2B

No universo B2B, especialmente no marketing para empresas de tecnologia (saiba mais aqui), a jornada de compra é mais longa e envolve múltiplos decisores e influenciadores de decisão.

Isso significa que qualquer erro de posicionamento ou de abordagem pode custar meses de negociação e oportunidades perdidas.

Sem um GTM estruturado, os riscos aumentam:

  • Mensagem desalinhada com a dor real do cliente.
  • Ações comerciais sem priorização de contas estratégicas.
  • Desperdício de investimento em canais que não trazem retorno.

Um bom GTM antecipa esses desafios e já incorpora elementos de Account Based Marketing (ABM) (entenda aqui) e prospecção ativa via LinkedIn (veja como) para aumentar a taxa de conversão em negócios de alto valor.


3. Etapas essenciais de uma estratégia GTM

A seguir, um passo a passo para estruturar seu Go-to-Market:

1. Definição de público-alvo e personas

O ponto de partida para qualquer estratégia de Go-to-Market é saber exatamente quem você quer atingir. No B2B, isso exige ir além de dados demográficos básicos e mapear o ICP (Ideal Customer Profile) — o perfil de empresa que mais tende a comprar de você.

Dentro desse ICP, é essencial identificar quem decide e quem influencia a compra. Em empresas maiores, o comprador final raramente é o usuário do produto. Por exemplo, em um software de gestão, o CFO pode aprovar o investimento, mas o CTO influencia na escolha e a equipe de operações será a usuária no dia a dia.

O mapeamento de personas deve incluir:

  • Funções e cargos relevantes no processo decisório.
  • Principais dores, metas e indicadores que importam para eles.
  • Barreiras e objeções comuns.
  • Canais preferidos de comunicação e informação.

Com isso, a mensagem e a abordagem serão mais assertivas, evitando desperdiçar esforços em leads que não têm poder de decisão.


2. Proposta de valor

A proposta de valor é a essência do por que sua solução importa para o cliente. Ela deve responder de forma direta:

  • O que você oferece
  • Para quem
  • Com que benefício específico
  • De forma diferente ou melhor que as alternativas

No B2B, é comum ver empresas caindo na armadilha de listar funcionalidades como se fossem benefícios. A proposta de valor deve ser formulada do ponto de vista do cliente: como sua solução resolve um problema ou cria uma oportunidade real de negócio.

Exemplo: em vez de “plataforma de CRM com dashboard avançado”, comunicar “acelere seu ciclo de vendas reduzindo em até 30% o tempo de fechamento de novos contratos”.

Essa clareza orienta todo o restante do GTM, desde as campanhas até a capacitação da equipe comercial.


3. Posicionamento

Posicionamento é o espaço que sua solução ocupa na mente do cliente em comparação aos concorrentes. Ele deve ser construído de forma consciente, evitando que o mercado atribua uma imagem que não representa seu valor.

Aqui, táticas de Account Based Marketing (ABM) (saiba mais) são poderosas: permitem criar campanhas hipersegmentadas para contas prioritárias, destacando diferenciais que importam para aquele decisor específico.

Um bom posicionamento considera:

  • Segmento de mercado onde atua.
  • Nível de preço (premium, acessível, intermediário).
  • Diferenciação frente a alternativas diretas e indiretas.
  • Mensagens-chave que sustentam essa percepção.

4. Canais e táticas de aquisição

A escolha dos canais deve refletir onde o seu público está e como ele consome informação. No B2B, um mix de canais costuma trazer mais resultados:

  • Inbound Marketing para atrair e educar leads ao longo do tempo.
  • Outbound estruturado para alcançar contas específicas que não chegam por busca orgânica.
  • Parcerias estratégicas com empresas complementares.
  • Eventos e feiras do setor para contato direto com decisores.
  • Mídias pagas (LinkedIn Ads, Google Ads) para acelerar a geração de oportunidades.
  • Prospecção ativa via LinkedIn (veja como) para conversas diretas com decisores-chave.

O importante é que cada canal tenha metas claras e seja monitorado continuamente para otimização.


5. Plano de ação e cronograma

O GTM só gera resultado se sair do papel com responsáveis definidos, prazos realistas e recursos alocados. Para manter foco e agilidade, use ciclos curtos — trimestrais ou até mensais — para revisar o progresso.

Boas práticas:

  • Criar um roadmap visual com todas as iniciativas.
  • Definir quem é dono de cada ação (ownership).
  • Incluir marcos de revisão para avaliar o que está funcionando e o que precisa ser ajustado.

Isso evita a armadilha de planos anuais engessados, que não acompanham a dinâmica do mercado.


6. KPIs e métricas de acompanhamento

Medir é fundamental para entender se o GTM está no caminho certo. No B2B, as métricas mais usadas incluem:

  • CAC (Custo de Aquisição de Cliente) – para avaliar eficiência de investimento.
  • LTV (Lifetime Value) – valor total que um cliente gera ao longo do relacionamento.
  • Taxa de conversão por etapa do funil – para identificar gargalos.
  • Pipeline gerado – volume e qualidade de oportunidades criadas.

Essas métricas não servem apenas para medir o passado, mas para alimentar decisões em tempo real.


7. Feedback e ajustes contínuos

Nenhum GTM é perfeito no lançamento. O mercado muda, concorrentes reagem, clientes evoluem. Por isso, o processo precisa ter feedback loops estruturados:

  • Revisão de KPIs periodicamente.
  • Coleta de feedback direto da equipe de vendas e de clientes.
  • Testes controlados (A/B testing) para validar mudanças antes de escalar.

O objetivo é transformar o GTM em um sistema vivo, que aprende e melhora continuamente, garantindo eficiência e resultados sustentáveis.


4. Checklist rápido de GTM para CEOs

Antes de lançar, valide se:

  • O público-alvo está claramente definido.
  • Há clareza na proposta de valor.
  • O posicionamento está documentado.
  • Os canais de aquisição estão priorizados.
  • Existe um plano de ação com prazos e responsáveis.
  • KPIs foram definidos e são mensuráveis.
  • Há um processo de feedback estruturado.

5. Exemplos e inspirações

Imagine uma empresa SaaS que lançou um produto sem GTM. Apesar de ter uma tecnologia inovadora, não definiu seu ICP (perfil de cliente ideal), investiu em canais genéricos e teve retorno quase nulo.

Agora compare com outra empresa que usou GTM:

  • Definiu contas prioritárias via ABM.
  • Executou prospecção ativa no LinkedIn segmentando decisores.
  • Ajustou a proposta de valor conforme feedback do mercado.
    Resultado: atingiu 60% da meta anual de vendas nos primeiros seis meses.

Em muitos casos, contar com uma consultoria de marketing B2B acelera a construção do GTM, evitando erros que custam caro.


Conclusão

O Go-to-Market não é apenas uma etapa do lançamento, é o que conecta sua estratégia ao resultado. Para empresas B2B, ele garante que cada real investido esteja direcionado para gerar negócios reais — e não métricas de vaidade.

Na NoTopo.com, acreditamos que crescer com eficiência não é gastar mais, mas sim fazer o certo na ordem certa. Um GTM bem estruturado é o primeiro passo.

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